Tatiana Floris
“Lembrai, lembrai, aquele cinco de novembro. A pólvora, a
traição, e o ardil, por isso não vejo como esquecer uma traição tão vil.”
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O mascarado conhecido como V |
Dirigido por James McTeigue em
2006, pelo mesmo diretor de Ninja assassino (2009) e O corvo (2012), a
adaptação da HQ V for Vendetta
escrita em 1989 por Allan Moore, se passa num futuro próximo de uma Inglaterra
totalitária.
No papel de anti-herói, Hugo Weaving, o vilão de Matrix, dá vida á
V, um anarquista combatente do regime opressor do governo inglês. Em sua luta
por igualdade, justiça e liberdade, V salva a vida da jovem Evey Hammond (Natalie Portman), por
quem se apaixona.
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Evey Hammond e V |
Contudo,
o filme não trata-se apenas de ficção. Boa parte do conteúdo traz clara
referência ao passado relembrando ao dia da Conspiração
da Pólvora liderada por Guy Fawkes,
e também aos regimes totalitaristas, através do culto a um partido único, ao
controle da mídia, e a defesa de ideais conservadores.
Há
indícios, de que o filme faça referência aos abusos cometidos por soldados
americanos contra os prisioneiros da Era
Bush entre 2001 e 2006, a criação de códigos de cores que determinam a
segurança do país, e a doutrinação do medo.
A
máscara utilizada por V, que representa a figura de Guy Fawkes, tornou-se ícone emblemático do grupo hacker anonymous, estendendo-se as mais diversas manifestações
que ocorrem pelo mundo, mantendo-se assim, a atualidade em seu discurso. Sendo assim, V
de Vingança é um filme que transborda pela história. Passado, presente, futuro
podem ser vistos num único instante.
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