quarta-feira, 2 de novembro de 2016

O Diário de Helga




Helga Weiss tinha 12 anos quando, devido sua etnia judaica, foi enviada para um campo de concentração. Em seu relato de pouco mais de 200 páginas, ela registra experiências, sonhos e medos.

Aqueles que leiam o nome do livro, muito provavelmente, confundirão-o com O Diário de Anne Frank, uma clássica biografia, porém totalmente diferente dos relatos de Helga. Anne confia em seu diário os desafios de viver escondida, com outras duas famílias, com pouca comida e quase nenhuma privacidade. Ela tenta se entender e entender o mundo, e vivê-lo a sua maneira. Mas ela não enfrenta os desafios daqueles que perderam sua dignidade humana nos campos de concentração.

Já, Helga experiência a sistematização do trabalho, da fome, da violência física e simbólica de ser judeu e ser mulher. Ela está crescendo, e ela tenta também se entender, mas entender-se em um mundo onde os carros fúnebres entregavam comida de manhã e levavam corpos a noite é muito mais complicada.

Primeiramente eles nos levaram para banhos, onde eles tiraram de nós tudo que ainda tínhamos. Literalmente, eles não deixaram um único fio. Eu não reconheci minha própria mãe até ouvir sua voz.


Estima-se que 15 mil crianças passaram pelo campo de Terezin, o mesmo que Helga viveu. apenas cem estavam com vida quando a guerra terminou. Em suas páginas Weiss, relata as condições de vida as quais seus colegas e ela eram submetidos. Sua brincadeiras, anseios e medos. E muitos desses relatos é coroado com ilustrações infantis, feitas por uma menina, como qualquer outra, que devido a sua etnia judaica foi enviada para um campo de concentração.

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