sábado, 10 de setembro de 2016

A eternidade de uma obra

Tatiana Floris


Quem poderia imaginar que a história de um piloto perdido e um menino vindo de um pequeno planeta distante, renderia ao escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, o prestigio de se ter um dos livros mais traduzidos no mundo, depois da Bíblia e do Alcorão.

         Para quem não sabe O Pequeno Príncipe foi escrito e ilustrado em 1943, um ano antes da morte do autor. Mas para nossa sorte, em 2015, setenta anos após o lançamento, a obra finalmente caiu em domínio público, ou seja, agora a obra poderá ser livremente utilizada.


O velho que virá novo 

         Sem a necessidade do pagamento dos direitos autorais, muitas editoras realizaram edições especiais do livro. Como já era de se imaginar a criatividade não parou por aí, ainda ano passado, ocorreu o lançamento da animação dirigida por Marc Osborne. 

Mas na categoria criatividade, o prêmio vai para o livro intitulado “InvisibleA Los Ojos”, que reúne mais de 150 artistas da América Latina, para realizar as ilustrações da obra original. Resultado: cada capítulo apresenta em média cinco artistas, que através de traços únicos expõe sua visão do tão amado Pequeno Príncipe. Inclusive, as ilustrações aqui do texto foram retiradas do projeto, vale muito a pena dar uma conferida.


Quando nem tudo é belo

         O Pequeno Príncipe, pode até ser um dos livros com a história mais pura e delicada sobre a vida, ou melhor, sobre as pessoas, no entanto sempre discordei de algumas ideias que ele apresenta.

         Afinal, dizer que “você se torna eternamente responsável por aquilo que cativa”, pode soar até mesmo poético, mas quando penso numa aplicação real, a frase me soa como uma grande doutrina da culpa, e gosto de acreditar que parte do ato de amar esteja presente em nossas escolhas.


Se você já leu nos conte o que acha, mas se ainda não viu corre lá e vem contar depois!
Ps.: Leia-o também com o coração, porque “o essencial é invisível aos olhos”.

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